
Integrantes da ABRADEP publicam tréplica no Estadão sobre imparcialidade, retórica e silenciamento de vozes femininas
07/07/2025
Eleições 2026: o protagonismo feminino e a lógica da vitrine institucional
10/07/2025Em entrevista publicada neste fim de semana pelo jornal Diário do Pará, a advogada Sabrina Veras, integrante da ABRADEP e coordenadora de ações políticas para participação feminina no Instituto Brasileiro de Direito Partidário (Ibradip), falou sobre os impactos da violência política de gênero na democracia brasileira e os riscos que esse cenário representa para as eleições de 2026.
“Essas condutas partem de um menosprezo à condição de mulher e se manifestam em forma de assédio, perseguições, exclusão de debates, ameaças ou até difamação pela internet, com base em gênero, raça ou etnia”, alertou Sabrina.
Apesar dos avanços legislativos, como a promulgação da Lei nº 14.192/2021, que estabelece normas para prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher, a especialista aponta que a aplicação ainda é limitada e enfrenta barreiras estruturais e institucionais. Segundo dados do Observatório de Violência Política contra a Mulher, os principais tipos de agressões reportadas no biênio 2022–2023 foram psicológicas, econômicas e físicas.
Sabrina também ressaltou a importância de mecanismos permanentes de monitoramento e acolhimento, como o recém-criado Observatório Nacional da Mulher na Política (ONMP), instituído pelo TSE, e defendeu maior comprometimento de partidos, instituições públicas e sociedade civil no enfrentamento à violência de gênero.